quarta-feira, 9 de abril de 2008

A Virtude Feminina


Já tive ocasião de tecer, num texto anterior, algumas considerações acerca da promiscuidade feminina.
Segundo alguns antropólogos não há, aparentemente, razão nenhuma para que a mulher seja menos promíscua do que o homem, de acordo com os estudos levados a cabo com outros mamíferos, os parentes mais próximos do homem no reino animal.
Porém e segundo outras fontes antropológicas, existem diferenças significativas no comportamento sexual das fêmeas em várias espécies de símios recentemente observadas em maior pormenor.
Não foram propriamente observadas práticas de monogamia, mas algumas espécies, como o gorila, parecem cultivar um comportamento sexual pouco promíscuo, enquanto noutras, como o chimpanzé, a promiscuidade feminina é acentuada, permitindo as fêmeas a prática de cópulas sucessivas com diversos machos.
Como se integrará então a espécie humana nesta escala da promiscuidade simiesca?
Será a mulher tendencialmente monogâmica como as gorilas fêmeas, ou poligâmica e promíscua como as “senhoras” chimpanzés?
Segundo alguns especialistas citados por Desmond Morris, na sua obra “Os Sexos Humanos”, existe uma relação directa entre a promiscuidade das fêmeas e o tamanho dos testículos dos machos.
Quanto mais promíscuo for o comportamento sexual da fêmea, maiores são os testículos do macho, como forma de assegurar a sua fertilização em feroz concorrência com os outros machos.
Na verdade, uma espécie pequena como o chimpanzé, possui testículos quatro vezes maiores do que o gorila, que tem o quádruplo do seu peso!
Testículos maiores asseguram ejaculações maiores, o que evidencia uma luta enorme pela fertilização das fêmeas entre os chimpanzés, ao contrário dos gorilas que se mostram muito avessos à competição sexual.
O homem possui testículos maiores do que o gorila, mas muito mais pequenos do que o chimpanzé.
Assim se depreende que as fêmeas humanas deveriam ter, nos primórdios da evolução da espécie, um comportamento sexual muito menos promíscuo do que o das fêmeas chimpanzé, mas seguramente menos monogâmico do que o das suas congéneres gorilas.
Ficariam pois numa escala intermédia, não totalmente monogâmicas mas também pouco adeptas do sexo sucessivo e em grupo.
Esta conclusão acaba por ser reconfortante para os homens.
É que a proeminência do órgão sexual masculino parece estar directamente relacionada, segundo as regras da natureza, com a infidelidade feminina.
Quanto maior o pénis e os testículos do macho mais infiéis as fêmeas… funcionando a sua maior dimensão como meio da natureza assegurar a continuidade da espécie, na acesa concorrência sexual entre os machos.
Maiores testículos produzem uma maior quantidade de esperma, enquanto pénis maiores aumentam as hipóteses de fertilização, porquanto o sémen será colocado bem no interior da vagina, aumentando as probabilidades de concepção.
O homem deveria assim ficar orgulhoso da pequenez do seu falo! Ela só abona o comportamento moral das suas mulheres.
Afinal de contas, e segundo as novas teorias sobre o comportamento sexual inato das mulheres, as fêmeas humanas não são tão promíscuas quanto isso… quando comparadas com as chimpanzés, por exemplo.
E a prová-lo estão os pénis pequenos e os minúsculos testículos dos seus companheiros.
As coisas que se aprendem a olhar para os testículos dos macacos…
Aparentemente são a melhor prova da virtude das mulheres!

2 comentários:

Nuno Monteiro disse...

Muito bem meu caro Ricardo
aguardo mais "histórias" e para quando um livro?

Já que existem livros de pessoas a relatar histórias intimas com diregentes desportivos...

Abraços

Ricardo Ramalho disse...

Se quiser editar, eu estou aberto a propostas...