sexta-feira, 25 de abril de 2008

Algo Onde Me Agarrar…



Apesar das dificuldades já relatadas na determinação exacta do que são características masculinas e femininas em termos estritamente biológicos, os antropólogos já dedicaram muito do seu tempo ao estudo da anatomia dos dois sexos e chegaram a algumas conclusões.
Para além das diferenças sexuais óbvias, os dois géneros parecem ter desenvolvido características anatómicas diversas, resultantes da divisão de tarefas que, biológica e socialmente, se foi consolidando entre eles.
Os homens eram primordialmente caçadores, pelo que nas suas características físicas predominam as capacidades atléticas. Já as mulheres desenvolveram características anatómicas adequadas às funções maternais, mas também às de recolectoras e organizadoras da vida social da comunidade.
O homem é inatamente mais forte, mais alto, mais curioso com a novidade, tem uma visão mais apurada e é mais ágil.
Já a mulher é mais robusta (na medida em que é mais resistente à doença, à mortalidade infantil, à deformação física congénita ou ao acidente), mais cautelosa, tem maior capacidade de verbalização e destreza manual.
São aptidões evidenciadas desde o nascimento e que se prolongam, geralmente, por toda a vida.
Ficamos assim a saber que algumas das características que tanto motivam divergências entre os sexos não são mais do que emanações biológicas e anatómicas de cada um.
Por exemplo, os homens, apesar de possuírem melhor visão do que as mulheres, são imensamente mais propensos a sofrer de anomalopia do que as mulheres. Quer isto dizer que têm muito maiores dificuldades em distrinçar as cores…
Fica assim explicada a razão pela qual as mulheres conseguem distinguir o carmim, o violeta, o bordeaux ou o cerise, entre muitas outras cores que eu, por ser homem, não faço a mínima ideia do que são ou como se chamam!
Por outro lado ficamos igualmente a saber que, biologicamente, as mulheres têm muito maior facilidade em verbalizar as suas ideias do que os homens. Pelo que a sua lendária capacidade de “dar à língua” é inata e componente essencial da sua feminilidade.
Também a tendência irresistível dos homens para mexer no que não lhes diz respeito fica justificada pela biologia. A atávica atracção exercida pelo comando da televisão ou pela mala das ferramentas, ainda que totalmente inconsequente em termos produtivos (a maior parte dos homens, onde humildemente me incluo, tem uma enorme capacidade para estragar quase tudo em que toca), é uma manifestação inequívoca da sua virilidade!
Ser homem é ser curioso e possuir uma enorme ânsia pela novidade tecnológica, seja ela o último modelo de automóvel ou de telemóvel, ou o brinquedo mais recente oferecido ao filho!
Perante a total indiferença suscitada na constância feminina.
Mas a biologia também nos diz que as mulheres possuem, em média, o dobro da gordura dos homens (25% do corpo feminino é composto por gordura, enquanto no homem a percentagem desce para cerca e 12,5%).
O célebre historiador grego Plutarco até relata um episódio macabro que atesta esta incontestável realidade. Parece que na Grécia antiga havia o hábito, aquando da cremação dos cadáveres, de juntar sempre uma mulher a cada dez cadáveres de homens. A gordura das carnes femininas garantia que a pira de corpos ardesse como uma tocha!
Mas a gordura feminina assegura igualmente uma maior resistência da mulher ao frio e à fome, demonstrando assim que, para a natureza, o papel reprodutor da mulher é muito mais importante do que o do homem.
Um homem sozinho pode fertilizar muitas mulheres ao passo que uma mulher sozinha não tem mais filhos pelo simples facto de viver rodeada de homens…
A anatomia humana garantiu assim que a mulher durasse mais, resistisse mais à doença, ao frio e à fome do que o homem, ao que parece perfeitamente dispensável para a sobrevivência da espécie…
A mulher é também menos propensa à depressão profunda e ao suicídio. As estatísticas demonstram que, apesar dos excessos do romantismo, continuam a ser mais os homens do que as mulheres a porem fim à própria vida.
A maior gordura das carnes é por isso uma característica marcadamente feminina, responsável pelas atraentes formas do corpo da mulher.
Razão tinha o povo quando, durante séculos, afirmou que gordura é formosura!
A pressão social exercida sobre as mulheres, no sentido de contrariarem a sua tendência natural para acumular gordura, parece ser um contra-senso que não só põe em causa a sua inata resistência natural, como as torna cada vez menos femininas, no sentido em que as priva das suas formas tradicionais, que tão bem as promoveram junto dos homens ao longo da história da humanidade.
Por isso aqui fica a minha apologia da gordura feminina.
Além de encher muito mais a vista ao homem, sempre proporciona algo onde me agarrar… cada vez mais necessário com o passar dos anos!

1 comentário:

tita disse...

Muito interessante...gostei!