quarta-feira, 9 de abril de 2008
Pau de Cabinda
Desde sempre que o uso de afrodisíacos naturais é uma constante em quase todas as civilizações.
Entre nós é famoso o pau de Cabinda, especiaria oriunda daquela região angolana e que tem, desde há muito, ajudado (não sem alguma discussão quanto aos seus efeitos) os homens de meia-idade a cumprirem as suas obrigações conjugais, no que ao desempenho sexual concerne.
Desde que o homem existe que quer sexo. Desde que a mulher existe que se queixa… Ora lhe dói a cabeça ou não lhe apetece, está menstruada ou na ovulação, tem o peito inchado ou dores de barriga, tudo lhe serve de desculpa para deixar para amanhã o que podia muito bem fazer hoje (e agora!).
E há também aquelas que se queixam dos homens. Eu dantes até gostava, mas agora tu já não és o que eras… Precisava de mais tempo, mas contigo é sempre tudo a correr… Enfim, um rol de queixas (se bem que eu destas, felizmente, nunca tive de ouvir… A sério! Não acreditam?).
Por isso não admira que, em todas as culturas e civilizações, estudiosos tenham dedicado o seu precioso tempo à experimentação de plantas e substâncias naturais que, de algum modo, ajudem a ultrapassar o dilema.
Os efeitos são quase sempre objecto de intensa controvérsia. Mas tal nunca impediu a sua produção e utilização, legado de geração em geração, qual tesouro inestimável, garantido por milhões de utilizadores que juram a pés juntos a eficácia suprema dessas substâncias.
A medicina moderna é geralmente muito céptica quanto aos seus efeitos. Mas também o é no que concerne a quase todos os medicamentos, ditos naturais, disponíveis no mercado, o que não tem impedido o desenvolvimento de um significativo mercado dedicado à produção, comercialização e consumo de produtos naturais.
A análise de muitos desses produtos por técnicos com reconhecida competência no estudo dos efeitos medicinais das plantas concluiu que algumas das substâncias presentes nesses afrodisíacos possuem antigas e reconhecidas qualidades, tais como a maca pura, a catuaba ou a rhodiola (seja lá isto o que for… mas que, a bem da ciência, deixo ao estimado leitor como forma insofismável de enriquecer o nosso vocabulário).
Pelo que a eficácia dos afrodisíacos herbais, pode não ser apenas um mito.
Chris Kilham é um professor de medicina herbal na Universidade de Massassuchets-Amhearst e tem dedicado uma boa parte da sua vida a calcorrear o globo à procura de plantas milagrosas, no que ao apetite sexual respeita.
No seu livro “Hot Plants” expõe o resultado das suas pesquisas, enumerando o “Top Ten” das plantas afrodisíacas e misturando-as num cocktail explosivo com o mesmo nome, referindo esclarecedoramente que, de entre todos os países que visitou, não houve nenhum que não possuísse pelo menos uma planta afrodisíaca utilizada desde há séculos pelos seus habitantes (não sei se também cá esteve e experimentou o pau de Cabinda…).
E se gerações atrás de gerações as utilizam, algum efeito deverão ter …
Claro que as autoridades de saúde norte-americanas não reconheceram a eficácia do tratamento. Mas tal resulta, na opinião de Kilham, do facto de os especialistas em medicina e farmácia, que dominam essas instituições, não possuírem qualquer formação na área da herbologia. Muitos cientistas e estudiosos, por todo o mundo, reconhecem o valor e eficácia de muitos desses tratamentos.
Alguns estudos levados a cabo nos Estados Unidos analisaram o composto elaborado pelo Dr. Kilham, denominado “Hot Plants”, e concluíram que o mesmo era susceptível de desenvolver a libido e até de tratar a disfunção eréctil.
Por isso só há uma forma de tirar as dúvidas: experimentar.
Um casal de “cobaias” de meia-idade prestou-se à experiência e ao fim de apenas três dias, rendeu-se aos efeitos.
Aparentemente, e apesar de algum cepticismo inicial, foi a mulher quem começou a aperceber-se daqueles, dizendo sentir um aumento da circulação na região pélvica e, consequentemente, uma maior predisposição para a actividade sexual, que naturalmente deixou o marido contente da vida.
- Não sei lá o que lhe deu, mas que ela passou a andar com um novo brilho nos olhos e uma energia de que já não me lembrava, lá isso é verdade - afirmou o afortunado consorte (perceberam a piada…).
Fica sempre a dúvida se os efeitos resultam de uma resposta física ao tratamento ou meramente psicológica. Mas do ponto de vista do casal, que vê a sua vida sexual melhorar, pouco importa a causa… A realidade é que tem mais e melhor sexo!
Por isso, caro leitor, se duvida dos efeitos do “nosso” pau de Cabinda (à venda nas melhores sex-shops e ervanárias por todo o país – eu juro que não recebo comissão!), se calhar é porque temos andado enganados…
Em vez de ser o leitor a tomá-lo às escondidas, qual Viagra dos pobres e naturistas, talvez o devesse dar à sua mulher…
Afinal de contas, um cházinho antes de deitar nunca fez mal a ninguém!
E quem sabe se, na manhã seguinte, ela não vai acordar com um brilhozinho novo nos olhos…
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1 comentário:
será que dá mesmo resultado mesmo sendo psicológico , agradecia se me pudésem dar uma resposta ...
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